Já era noite quando a notícia chegou. Rafaela não podia acreditar que o assassino de sua melhor amiga estava livre. Onde estava a justiça? Bom comportamento, foi isso que alegaram. Não conseguia acreditar nesse sistema de justiça. Uma atrocidade havia, praticamente, sido perdoada. Ela estava na cozinha, segurando uma faca. e com tanta raiva, tacou na parede. PERFEITO! A faca acertou um ponto na parede e ali ficou. Rafaela ficou estaguinada, vendo o que tinha feito. Então teve a ideia de pegar o cabo de vassoura e experimentar usá-lo. Ela manuseava como um bastão, perfeitamente, e olha que nunca havia feito nada do tipo. Soltou assustada. Viu logo depois sua mãe brigando com a neta, sobrinha de Rafaela, Ravine. A menina então dizia que não tinha quebrado o jarro. Eis que Rafaela grita: CULPADA SIM! Como? Como ela podia sentir que a sobrinha era culpada? Quem a fazia ter certeza disso? Então ela saiu de sua casa correndo. Sentou no banco de uma praça e observava um casal na sua frente. E ao observar conseguia ver o adultério cometido pelo rapaz um dia antes e que naquele momento mentia dizendo ser o cara mais fiel. Já a menina, era inocente, acreditando em tudo que o namorado falava. Culpado e Inocente. Esse era o dom que Rafaela recebeu. O julgamento. Era complicado ser uma juíza de uma hora para outra, na verdade era um tremendo absurdo. Ela tinha recebido o telefonema de Alessandra semanas antes perguntando se algo estranho estava acontecendo com ela, mas não imaginava que era isso. Um cara se aproxima, senta ao seu lado, puxa uma arma e anuncia o assalto. O casal corre. Rafaela olha nos olhos dele e só pronuncia uma palavra: "Culpado". Mais que depressa, suas pernas se locomovem como se fosse uma grande mestra em artes marciais, tira o revolve da mão do cara, e como se já tivesse usado por diversas vezes, atira três vezes.
Na casa de Alessandra, já fazia cerca de três dias que Amândio estava lá. Cuidando da Alessandra e com medo de tudo que descobriu. Os caras não saiam da esquina, e Alessandra não tinha forças para nada, só chorava. Se lamentava por tudo e pedia várias vezes desculpa a Amândio. Um dos pássaros chama por Amândio, avisa que um sujeito com um capuz na cabeça estava chegando. Ele corre para ver, e presencia o sujeito levantando as figuras estranhas no ar e fazendo com que suas cabeças se chocassem. O portão abre sozinho, e ele sobe as escadas. Chega mais perto e diz: "Oi Amandio!".
Rafaela havia atirado para o alto, afugentando o bandido e muito mais gente que estava por ali. Assustada, só pensava em correr para a casa de Alessandra. Ela precisava entender o que estava acontecendo. No caminho, se depara com uma senhora de cabelos de fogo e um rapaz com asas.
- Quer fazer justiça? Não vou dizer meu bem que sou inocente, pois sabe muito bem que sou tão culpada quanto você também foi. Mas posso te ajudar.
- Era você naquela fita. Foi você que fez isso comigo.
- Pronto, não precisou nem dos seus poderes para saber que sou culpada. Eu só vim te oferecer ajuda.
- Como? - disse Rafaela. Como pode me ajudar, Madame Oca.
- Minha querida, sabe que no dia que sua amiga morreu, você podia ter ajudado, mas não, o que você fez?
- Não! Não dava para ajudar, ele estava armado.
- Sim, e enquanto ela agonizava no chão você não fazia nada.
- Eu fiz! Chamei a ambulância.
- Não falo sobre isso, meu bem. Naquela noite, antes de morrer, aquela garota lhe deu uma coisa e pediu que você jogasse fora.
- Eu não podia jogar fora. Não podia!
- E levou para a pousada. E lembra o que aconteceu quando estava no auditório?
- Brilhava.
- Exatamente! Como eu sabia que iria acontecer. Mas agora posso te ajudar. Não é mesmo?
- Como?
- Ajudando a vingar a morte da sua amiga, e de tudo isso que aconteceu. Por que se ela não tivesse morrido, hoje você seria uma pessoa normal. Aquele artefato foi roubado de mim por essa amiga que faleceu. Era meu!
- O colar? O colar era seu?
- Sua amiga era tão culpada quanto o bandido que a matou. Fique ao meu lado.
- Rafaela. Eu sou Rafael. Acredite, nossos atuais amigos são traidores.
- Como assim traidores?
- Pense, menina. Pense! - disse Madame Oca. Quem entende tão bem de biologia e genética?
- Amandio e Alessandra.
- Exato! Vá, procure por eles. E seu sensor vai te dar a certeza da culpa desses dois.
- Não! Mentira. Não pode ser verdade.
- Mas é. E vai ter certeza. E quando quiser falar comigo, sabe como me achar. Vamos Rock.
- Rock? Mas pensei que o nome dele era Rafael.
- Não mais. agora ele pertence a um time. Um time vencedor, e com isso ganha um codinome digno. Assim, como certamente o seu será Justiceira.
Madame Oca e Rock, sumiram bem diante de seus olhos. Madame Oca tinha habilidade de abrir portais, e entrou por um deles e desapareceu. Rafaela correu até a casa de Alessandra. Chegando lá viu as duas pessoas jogadas no chão e o portão aberto. Entrou correndo, e viu reunidos na sala, Alessandra, Amadio e Peterson. Estavam conversando sobre a algo com respeito aos poderes, não precisou falar mais nada. Seu sensor gritava ao olhar para Amandio e Alessandra: "CULPADOS!". ela saiu correndo, Peterson foi atrás dela. Rafaela apenas lacrimejava, e seu rosto encheu-se de ódio enquanto ouvia os gritos de Peterson chamando seu nome. Ela então virou-se e apenas disse:
- Rafaela está morta. A partir de hoje você me conhecerá apenas como "JUSTICEIRA".
caracaaaa.. a Rafaa se revooltoou maluucoo.. Justiceeiraa manée.. hehehe.. taah foodaa heein amiigoo!
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