sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Episódio 1x03 - Descobertas



Quem mais poderia ter adquirido poder? Era a pergunta que não sumia da cabeça de Peterson. Novamente começou a ouvir vozes, era de sua irmã em tom de desespero. Caroline foi dar um beijo em seu pai e ele desmaiara. Peterson correu, será que seu pai havia passado mal outra vez? Caroline chorava, dizia que ela tinha feito aquilo. Absurdo! Ele podia ter passado mal. Então ela mostrou pro irmão a sua mãe que também havia desmaiado e o mesmo havia ocorrido outras vezes, com outras pessoas. Será? Não podia ser por acaso, ele já estava certo que sua irmã também dotava de um poder especial. Caroline adquiriu o beijo do sono.
No passado, Jayme observava a vida de Dom João VI. Ele estava admirado com as riquezas, com os detalhes e ficava cada vez mais maravilhado com tudo que estava vendo, mas muito mais fascinante era Carlota Joaquina, a intensidade de sua vida e como tratava seus filhos. Conhecer o jovem Pedro foi incrível, contudo ele só queria estar num lugar, sua casa e não sabia como fazer isso. Precisava então parar de ficar invisível, mas que disfarce teria? E foi só imaginar-se um nobre e assim foi feito, seu corpo sofreu uma mutação e logo era um nobre, caucasiano da corte. E assim seguiu a sua pesquisa de época e mais um dom recebeu, podia se tornar a pessoa que quisesse.
Já no presente, Amândio procurou por Alessandra. Ela estava trancada em casa, não queria receber visitas, mas com a insistência de Amândio, ela abriu. A cena não era das melhores, a casa estava imunda, e papeis para todos os cantos. Na parede, uma tabela de dardos e todos estavam sobre o mesmo alvo, que excelente pontaria ele pensava. Alessandra estava chorando e murmurando, e então Amândio puxou assunto:

- O que houve Ale? O que está ocorrendo?
- Culpa minha, é tudo culpa minha.
- Culpa de quê?
- Veja.

E Alessandra ficou na cor de sua roupa, e depois na cor da parede. Ela não estava ficando invisível, ela estava se camuflando, uma habilidade dos camaleões. Depois ela tirou os dardos e tacou novamente, todos atingiram o mesmo ponto. E por fim ela reproduziu tudo que seus vizinhos falavam dentro das suas casas, era a super audição. Poderes, era disso que ela se culpava. Amândio também disse a ela que começou a ouvir os animais e as plantas, e mais uma vez ela começou a se culpar. O que ela teria feito para estar se culpando tanto? Uma médica especialista em genética. Então Amândio juntou as informações e chegou a uma conclusão: a Bomba.
Na casa de Peterson, Caroline demonstrava pro seu irmão as habilidades que ganhou, ela corria muito rápido e tinha um grito estrondoso. Então Peterson contou a ela que ouvia as mentes das pessoas e que achava que muito mais coisa havia ocorrido, provavelmente mais pessoas também adquiriram poderes. Caroline disse que viu a uns dias atrás Jefferson, um dos irmãos, conversando com as máquinas, e mais elas o obedeciam. O computador concertou-se sozinho só com a ordem do Jefferson, e ele invadira um sistema com apenas uma ordem. Peterson então percebeu que ele seus irmãos agora eram pessoas especiais, eles tinham poderes que ninguém mais talvez tivesse adquirido, e saber como os usariam, isso era a verdadeira prova de caráter.
O telefone tocou na casa de Alessandra, como ela chorava muito, Amândio atendeu para ela. Era avó de Jayme, preocupada pois seu neto já estava sumido a dois dias, ele respondeu que assim que soubesse de mais informações ligaria para ela, desligou e falou com Alessandra:

- Ale, foi você? Foi você que fez isso com a gente?
- Culpa minha! Tudo culpa minha.
- Para de se culpar e me responde. Foi você?
- Minha Culpaaaaaaaaaa!

Alessandra desmaiou. Amândio não sabia o que fazia. Jayme desaparecido, Alessandra desmaiada e talvez culpada pela bomba. Só restava uma coisa, procurar Peterson, ele talvez saberia o que fazer.
No Centro da cidade, num escritório de uma renomada empresa, uma mulher de cabelos de fogo andava de um lado para o outro. Madame Oca.

- Deu certo, meu plano deu certo. Agora só falta aquela tratante cumprir com o acordo e aí sim eu terei um exército que vai me permitir controlar o mundo. Fabiana!
- Sim senhora, o que deseja?
- Ligue para a Monique, na NASA. Diga que informação dela foi útil. Agradeça a ela por mim.
- Sim senhora! O rapaz está aqui a sua espera.
- Ótimo, mande entrar!
- Boa tarde senhora.
- Olá meu caro rapaz. Então você é um dos sobreviventes da minha bomba.
- Sim senhora, eu sou. E desde aquele dia minha vida mudou.
- Sim, eu sei. E era isso mesmo que eu queria, mudar a vida de todos. Sou tão bondosa.
- Eu vim procurá-la para saber se pode me ajudar.
- Ajudar? Ajudar só, não. Eu vou te transformar. Acho que esse volume nas suas costas deve ser asas,, certo?
- Sim. Elas começaram a aparecer. às vezes somem, mas na maioria das vezes elas ficam de fora.
- Eu vou fazer você se tornar o ser mais fabuloso que existe. Acredite em mim. Seu futuro ao meu lado será grandioso. E como você se chama mesmo?
- Rafael, meu nome é Rafael.
- Como o anjo. Que ironia. E meu filho, chegue mais perto. Sente-se aqui.
Eles se sentam num luxuoso sofá, ela coloca mão sobre a mão dele, e faz uma cara de como se fosse uma mãe totalmente preocupada.
- E você sabe - disse ela - se existe mais alguém em condições maravilhosas como as sua?
- Sim. Mas não sei se devo.
- Lógico que deve, quem melhor que eu para ajudar todos os que precisam. Todos aqueles que nesse momento estão perdidos.
- Um amigo meu, eu não consegui controlar a mente dele.
- Possivelmente ele tenha algum poder mental como o seu. Quem é ele? Onde encontro?
- Seu nome é Peterson. E eu posso levá-la até lá.
- Ótimo! Muito bem minha criança. Muito bem!

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